Frutos que permanecem
“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vô-lo conceda." (João 15 : 16).
O nosso chamado ao reino exige de nós não apenas que sejamos frutíferos, mas que os frutos produzidos permaneçam. Os frutos representam tudo aquilo que Deus espera de nós, são o resultado da sua obra salvadora em nossas vidas. Os frutos que permanecem são o resultado, primeiro, da obra salvadora de Cristo, que nos permite ser aceitos por Deus e que nos capacita a dar frutos de justiça, depois, da ação do Espírito Santo em nós no sentido de implantar o caráter de Cristo em nossas vidas, e depois, de sermos coadjuvantes com Ele(Espírito Santo) na proclamação desta Salvação ao mundo.
A ação do Espírito Santo na geração dos frutos na vida cristã passa pelo processo da implantação dos valores do reino de Deus em nossas vidas através do discipulado, por meio dos dons ministeriais do Espírito Santo operando no corpo de Cristo (Ef 4.11-13). O discipulado é a forma de como Deus se utiliza para nos transformar de glória em glória na mesma imagem do seu Filho (2 Co 3.18) e nos capacitar a gerar outros filhos para Ele.
Jesus passou cerca de três anos do seu ministério discipulando um pequeno grupo de 12 homens, investindo tempo de qualidade e transmitindo os valores do reino de Deus àquelas simples pessoas, que depois se transformaram em apóstolos, exceto Judas, e que foram responsáveis por alavancar a obra de Deus no primeiro século da era cristã, com resultados que se refletem até aos dias de hoje, sem contar que estes mesmos homens deixaram um legado doutrinário imensurável para a igreja através de seus escritos inspirado pelo Espírito Santo. A obra de Cristo na cruz e os princípios do discipulado tem sido, até hoje, o segredo que tem feito a igreja crescer e resistir durante milênios aos mais terríveis ataques do inferno.