O valor de uma gerção

Por Gerson Moraes em dezembro 08, 2022


"E Moisés disse: Havemos de ir com os nossos jovens, e com os nossos velhos; com os nossos filhos, e com as nossas filhas, com as nossas ovelhas, e com os nossos bois havemos de ir; porque temos de celebrar uma festa ao Senhor.

Então ele lhes disse: Seja o Senhor assim convosco, como eu vos deixarei ir a vós e a vossos filhos; olhai que há mal diante da vossa face.

Não será assim; agora ide vós, homens, e servi ao Senhor; pois isso é o que pedistes. E os expulsaram da presença de Faraó. Êxodo 10:9-11 


Quando Moisés foi a Faraó dizer que todo o seu povo iria oferecer sacrifício ao Senhor no deserto faraó quis impedi-lo dizendo que somente os homens poderiam. O que me chama a atenção no texto acima é que Moisés não abriu mão das outras gerações, ele se contrapôs a faraó e não abriu mão das crianças e nem dos jovens. O mais interessante é observarmos que lá na frente Deus decidiu que por causa da incredulidade e murmuração do povo somente a geração dos filhos iriam entrar na terra da promessa, fora Josué e Calebe e suas famílias. A geração que conquistou Canaã foi a geração das crianças que saíram do Egito.


"Neste deserto cairão os vossos cadáveres, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes;

Não entrareis na terra, pela qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.

Mas os vossos filhos, de que dizeis: Por presa serão, porei nela; e eles conhecerão a terra que vós desprezastes." Números 14:29-31 


Moisés não abriu mão e nem negociou com faraó a geração dos filhos. Precisamos dar mais valor às nossas crianças, pois a nossa negligência em cuidar da geração das crianças pode significar o fracasso da próxima geração, comprometendo assim o futuro eterno da humanidade. Se as crianças tivessem sido deixadas no Egito quantos teriam entrado na terra prometida? Você já parou para se perguntar por que a Europa que foi o epicentro dos grandes avivamentos que alcançou o mundo inteiro, inclusive aqui no Brasil através de Daniel Berg e Gunnar Vingren, hoje vive um cenário de mornidão espiritual onde cresce cada vez mais o ateísmo? A resposta é simples, alguém esqueceu ou não conseguiu passar o bastão para a próxima geração. Aqui no Brasil temos vividos dias em que de forma muito ardilosa tenta-se extirpar da mente das crianças e adolescentes os princípios da Palavra de Deus, através de uma visão totalmente distorcida sobre o que representa a família e qual o seu papel principal na sociedade. Tenta-se configurar na mente da geração infantil e adolescente uma compreensão sobre a vida totalmente antagônica à fé cristã, uma vez que mudando essa compreensão automaticamente a ideia da existência de Deus se torna sem sentido e absurda, diante de uma cultura que nega a origem da família em Deus.


O que os nossos filhos sabem realmente sobre Deus? Talvez eles saibam muito sobre ir a igreja para buscar coisas e não para buscar ter um relacionamento com Deus, algo que deveria começar em casa. O que irá fazer nossos filhos se apaixonarem pelo seu Deus não é o fato de eles irem a igreja para buscar coisas, pois quando criamos nossos filhos só dizendo sim e nunca não, ou só fazendo a vontade deles, a tendência deles é se decepcionarem conosco quando não respondemos às sua expectativas, e é o que temos visto hoje na cristandade. Existem milhões de cristãos no Brasil que abandonaram sua fé por que ficaram decepcionados com Deus, com a igreja  e com seus líderes, ou seja, não aprenderam a amar a Deus sobre todas as coisas, e isso é fruto de uma igreja materialista e impregnada de uma teologia humanista que supervaloriza o homem e transforma Deus em seu servo. Muitos dos nossos jovens cristãos, e mesmo muitos adultos não estão prontos e nem dispostos a morrerem pela sua fé em Deus, pois não conseguem nem mesmo se manterem perseverantes na fé em meio aos problemas da vida.


É hora de acordarmos para a realidade dos fatos. Precisamos nos libertar das prisões da religiosidade fria e vazia de Deus. É hora de clamarmos por um avivamento espiritual que mude nossa essência e construa em nós valores eternos. Precisamos rever nossos valores e motivações e buscar ao Senhor de todo o coração.

Nós estamos numa corrida de revezamento da vida onde temos a missão de passar o bastão. O bastão é a revelação de Deus que chega até nós pela sua Palavra e por tudo aquilo que foi construído em nossa vida no nosso relacionamento com o Senhor. Segure o seu bastão com firmeza e tenha certeza que aqueles que virão depois de você o receberão com segurança.


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