28-A Oração e a Cruz
"Eu lhes falei tudo isso para que tenham paz em mim. Aqui no mundo vocês terão aflições, mas animem-se, pois eu venci o mundo”. " (João 16.33).
Aquela perspectiva romântica de que a vida espiritual é um “mar de rosas” precisa ser superada. É importante amadurecer. Por incrível que pareça, as aflições devem nos aproximar e não nos afastar de Deus. Aqui é que muitos negligen-ciam e desperdiçam a oportunidade de experimentar o poder da oração.
“Está aflito alguém entre vós? Ore.” Deixar de orar mediante as aflições é um erro. A negligência da oração abre a porta para a murmuração. Murmuração é um pacto com a derrota. Esse foi o pecado que condenou toda uma geração de Israel a perecer no deserto. Aflições funcionam como um chamado para dependermos de Deus. Mediante as aflições temos a grande oportunidade de crucificar a justiça própria, a autopiedade e outras sutilezas do ego. Disso emerge o verdadeiro espírito da oração. A cruz é a ferramenta que esculpe o caráter. A aflição, quando crucificada, exercita a fé, fortalece o espírito e produz orações altamente eficazes.
É bíblico afirmar que dentre tantas promessas tremendas que Deus nos fez, Jesus também incluiu as aflições: “Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16:33). Bom ânimo e paz coexistindo com as aflições credibi-liza a obra de Jesus e a real possibilidade de uma intervenção divina. Esse exercício de fé e piedade transforma o caráter, constrói a vitória e produz um crescimento qualitativo. Ninguém precisa continuar aflito. É imperativo orar. Ore! Em breve, haverá um ambiente de gratidão e louvor. É como Tiago prossegue: “Está alguém contente? Cante louvores” . A oração liga a aflição ao contentamento. Esta é a rota da vitória: Aflição, oração, contentamento e louvor.